Missão Desenvolvimento e Valorização do Interior – 8 Desperdícios Lean
Os 8 desperdícios Lean
Na experiência que tenho tido através dos projetos que tenho realizado, quando falo na roda dos 8 desperdícios Lean (8 waste em inglês), ver a tabela, as equipas identificam claramente estes desperdícios, mas quando introduzo a associação com CVA (customer value add), BVA (business value add) e Waste, ou seja, valor acrescentado para o cliente, valor acrescentado para o negócio e o desperdício, existe alguma dificuldade nesta associação. A bom da verdade esta associação está claramente ligada à identificação do CVA, do BVA e do Waste.
Na realidade estamos a falar de atividades de valor acrescentado (VA), atividades de valor não acrescentado, mas necessário para o negócio (VNN) e atividades de valor não acrescentado (VN).
The Lean Six Sigma Company Portugal ensina-nos a identifica-los através de perguntas, da seguinte forma:
As atividades de VA têm de responder afirmativamente às seguintes questões:
- A atividade acrescenta funcionalidade (valor) ao produto ou ao serviço desejado pelo cliente?
- Essa atividade aumenta a competitividade, mais rápido, mais barato e de melhor qualidade, etc… ao produto ou ao serviço desejado pelo cliente?
- O cliente está disposto a pagar por esta atividade?
As atividades de VNN têm de responder afirmativamente às seguintes questões:
- A atividade reduz o risco (financeiro) da organização?
- A atividade suporta e apoia os relatórios (financeiros) necessários?
- A entrega de um produto ou serviço seria dificultada se esta atividade fosse cancelada?
- A atividade é obrigatória devido à legislação e regulamentação?
As atividades de VN têm de responder negativamente às seguintes questões:
- Se os clientes soubessem o que estamos a fazer (atividade), eles estariam dispostos a pagar por essa atividade?
- A atividade está abrangida pelos critérios VA e VNN?
No Lean utilizamos o SIPOC (Supplier, Input, Process, Output e Customer, em português, Fornecedor, Entrada, Processo, Saída e Cliente) e o VSM (Value Stream Map), em português Mapa do fluxo de valor.
Através do SIPOC conseguimos a informação necessária para iniciarmos o VSM, desta forma temos todas as condições para mapear e identificar em cada etapa todas as entradas, todas as atividades e todas as saídas do processo, seja ele qual for, desta forma sinalizar o VA, VNN e o VN para podermos introduzir melhorias adequadas a cada um deles.
Numa linguagem simplista e universal, o que vamos fazer é tirar uma fotografia do estado de arte atual, identificar todo o valor acrescentado e todo desperdício e classifica-lo para podermos: ao VN melhorar a sua performance, ao VNN reduzi-lo, ao VN elimina-lo. Tudo isto através do processo de melhoria contínua, ou seja, depois de implementar as melhorias identificadas temos que controlar a sua continuidade e a sua performance. Assim conseguimos um processo e uma organização mais eficiente e eficaz.
Sempre focados,