Missão Desenvolvimento e Valorização do Interior – Pensar o Interior!
Foi com um enorme prazer que no passado dia 30 novembro, em representação do NERBA, tive a oportunidade de assistir ao encontro “Valorização do Interior e dos Territórios de Fronteira no Horizonte 2030” no Fundão a convite da sua excelência Secretária de Estado da Valorização do Interior Prof.ª Dr.ª Isabel Ferreira.
Foi muito interessante a partilha de conhecimento e de informação de todos os intervenientes. Esta partilha fez-me colocar para mim próprio as seguintes questões – o que é pensar o interior? O que podemos nós “enquanto comunidade integrante” fazer pela valorização do interior?
Pensar o interior é pensar na demografia, nos desníveis, na competitividade, na diversidade (económica e cultural), nos recursos, no território, nas oportunidades e nos desafios que todos estes temas representam. É pensar em rede utilizando a inteligência coletiva em prole da região envolvendo a comunidade e valorizar os ativos territoriais.
A Prof.ª Dr.ª Isabel Ferreira falou em três palavras-chaves: Diagnóstico; Estratégia; Recursos e Atores, para responder às oportunidades e desafios que vamos enfrentar nos próximos anos.
O Grupo de Trabalho da Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço (ECDT) evidenciou os desafios demográficos, tecnológicos e ambientais.
O Prof. Eduardo Castro proferiu a necessidade de cerca 60.000 pessoas por ano para combater a necessidade de mão-de-obra face ou declínio demográfico que vamos ter nos próximos anos.
A Prof.ª Teresa Sá Marques falou-nos da inquietação que todos devemos ter na transformação tecnológica, das alterações e desafios que os territórios vão enfrentar, como podemos valorizar os ativos territoriais e a importância da inteligência coletiva.
O Dr. Duarte Rodrigues evidenciou que as estratégicas de desenvolvimento regionais sejam realistas com as necessidades e critérios de desenvolvimento regional e não realizadas à medida dos critérios de aprovação dos programas de financiamento, ou seja, os programas de financiamento são um dos veículos para atingir um determinado propósito (estratégia).
A Prof.ª Anabela Dinis abordou a importância da gestão das aldeias na cultural, no turismo e a nível social, com enfase à coragem de perceber que nem todas as aldeias vão sobreviver e temos que fazer essa gestão (opções). Como referiu a Sua Excelência a Ministra da Coesão Territorial, todos os intervenientes têm de ser capazes de fazer a gestão do declínio, ou seja, a coragem para tomar opções.
O que nós podemos fazer pelo interior é trabalhar em rede e compreender todos os atores da região e colaborar com eles com ações interativas. É promover os ativos territoriais de forma a atrair investimento, diversificar a economia e captar o interesse das pessoas para a sua fixação, venham de onde de vierem. Cabe a cada um de nós fazer acontecer, seja pela nossa atividade profissional, sejam por ações de cidadania junto das comunidades locais.
Aos decisores, públicos e privados, cabe o designo de compreender o diagnóstico e elaborar um plano estratégico focado em cada região que possa responder às necessidades da sua comunidade e que sejam executados em rede e cooperação territorial.
Fazer acontecer é criar as necessidades para o desenvolvimento e valorização do interior!
Vamos fazer acontecer!
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Sempre focados,